Descrição
Livro 1: MODIFICAÇÕES CORPORAIS: SAÚDE, CRIATIVIDADE E ESPONTANEIDADE
Autor: Fernando Soares
Sinopse:
A grande contribuição deste livro é a de percorrer a noção do estatuto do corpo, dando a este uma positividade frente às noções de normalidade e saúde. A singularidade, antes ancorada exclusivamente em valores subjetivos, passou a ser marcada no corpo seja sob a forma de tatuagens ou como body-art. Fernando Pontes Soares nos mostra o quanto é simplista qualificar esses eventos como anormais ou doentes. Lançando mão de autores como Nietzsche, Canguilhem e Foucault, o autor aponta para a fragilidade das premissas de saúde e normalidade que tentaram delimitar esse campo, e para o quanto essas categorias precisam ser repensadas sob outras óticas. Lança mão do saber psicanalítico, trazendo à luz o conceito de saúde em Winnicott. Além disso, equipado com as noções winnicottianas de criatividade e espontaneidade, o autor vai redescrever a relação entre mudança corporal e estados físico-mentais de saúde e doença de forma extremamente interessante. O corpo, à luz dos dois conceitos, ganha um protagonismo teórico e psicológico que parecia pouco visível nas demais teorias psicanalíticas. Do ponto de vista psicológico, divergir do meio ambiente pode ser sinal de saúde e de força de vida. O que distingue uma atipia inovadora de uma mera manifestação sintomática é a capacidade que a primeira tem de renovar co
ntinuamente a pluralidade dos espaços transicionais. Com isso, a clareira da criatividade e da espontaneidade permanecerá aberta a todos os corpos, desejos, crenças e atitudes que façam com que “a vida valha a pena ser vivida”. Este livro propõe inúmeras indagações que povoam a clínica atual.
Livro 2: A Técnica Psicanalítica nos Casos-Limite: contornando fronteiras
Autor Bruno Quintino
Sinopse: A “Técnica psicanalítica dos casos limites” é um tema de extrema complexidade, pois a vertente teórica escolhida apresenta aquilo com que um analista se depara na clínica contemporânea, a saber, uma acentuada fragilidade narcísica, situações de muita violência, apontando para uma dificuldade em sustentar escolhas e em estabelecer vínculos interpessoais mais estáveis. Muitos pacientes chegam ao analista com um marcante sentimento de vazio. Utilizando uma expressão freudiana, temos um mundo de almas transbordantes, cujos corpos foram atingidos em função da precariedade de recursos do Eu diante da ameaça do sentimento de desamparo. Nesta clínica de pacientes chamados “limites”, lidamos com paradoxos motivados pelo grau de ambivalência a que o sujeito se encontra submetido, cuja temática foi alinhavada de maneira bastante coerente. O analista que aceita oferecer sua capacidade de pensar e seu aparelho psíquico em prol do processo analítico e do funcionamento psíquico do seu paciente, como o faz Bruno Quintino, apresenta um belo mosaico que nos aproxima das dificuldades encontradas por aqueles que se aventuram na caminhada árida e instigante da clínica psicanalítica com pacientes limites. E para isso, o autor vai explorar a clínica dos casos limites a partir das teorias de Freud, Ferenczi e Winnicott.
Livro 3: O TEMPO DO TRAUMÁTICO
Autora Felícia Knobloch
Sinopse: É quase lugar comum dizer o quanto o pensamento de Sándor Ferenczi é atual quando, há quase 100 anos atrás, já era considerado um psicanalista ‘original’. Não à toa, era chamado para dar conta dos ‘casos difíceis’, casos que se apresentavam como um desafio à psicanálise. Felicia Knobloch, como Ferenczi, foi tocada pelo sofrimento de seus analisandos, o que a levou a acompanhar a trama teórica e clínica deste psicanalista, problematizando cada conceito, mas tendo presente, a todo momento, segundo suas próprias palavras, que “cada analista tem sua teoria e, quem sabe, uma teoria para cada analisando”. Esta tarefa teve como efeito, abrir “novas possibilidades da prática terapêutica”, seu interesse maior. A autora coloca em questão tal afirmação, assim como seus fundamentos metapsicológicos, numa obra que, por sua clareza e pela pertinência de suas interrogações, pela fineza na discriminação das minúcias, pelo rigor na apresentação e acompanhamento dos conceitos, pela força das imagens produzidas em sua escrita, será certamente muito enriquecedora para os leitores. Não estamos diante de um texto que pretende responder ao desafio que os ‘casos difíceis’ nos impõem. Afinal hoje já sabemos bastante sobre o que está para além do princípio do prazer. Felicia Knobloch nos lança em um universo no qual, mais que buscar entender seus casos difíceis, ela se rendeu ao sentir. E faz isso de um modo elegante, por mais árduo que o trabalho possa se mostrar. Esta forma de abordar a questão do traumático é de uma delicadeza ímpar: sem propor soluções, ela nos convida a pensar com afeto a nossa própria clínica, ao mesmo tempo que nos instiga com suas próprias indagações. Trata-se, neste sentido, de uma postura eminentemente ética. É isso que nos faz querer ler e reler O tempo do traumático. Porque sentir está para além do entender.
Livro 4: Memória Corporal e Transferência – Fundamentos para uma psicanálise do sensível
Autora: Ivanise Fontes
Livro 5: NEBULOSA MARGINAL: TEORIA E CLÍNICA
Sergio Gomes e PAIVA, R. L. (Org.)
Avaliações
Não há avaliações ainda.