Tecendo Laços e Desatando Nós: a sensorialidade na clínica psicanalítica com famílias
Autora: Fernanda Palermo é Doutora e Mestre em Psicologia Clínica (PUC- Rio), no Laboratório de Estudos de Família e Casal (LEFaC), e especialista em Terapia de Casal e Família pela mesma Instituição. Fez estágio doutoral na Université Paris Cité – Laboratoire Psychologie Clinique, Psychopathologie, Psychanalyse (PCPP) -THEMA “Groupe, Famille et Institution”. Pós-doutoranda em Psicologia (USP), no Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social (LAPSO). Membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro (CPRJ). Membro efetivo da Associação Brasileira de Psicanálise de Casal e Família (ABPCF). Membre effectif de l’Association Internationale de Psychanalyse de Couple et de Famille (AIPCF). Atua na clínica com casais e familias e é autora de vários artigos científicos na área.
Sinopse:Tecendo Laços e Desatando Nós, da psicanalista Fernanda Palermo, é uma contribuição aos estudos da psicoterapia de família e de casal a partir da psicanálise. A autora propõe uma discussão acerca dos vínculos inconscientes primários da família banhados pela cossensorialidade e sua expressão no campo analítico. A sensorialidade carrega o potencial de produção de infindáveis sentidos, por ser parte constitutiva do sujeito e da família e manifestação do que falha e/ou falta, do que é sentido, mas não pensado, incidindo nos vínculos familiares, podendo ser continuamente ativada como comunicação do traumático transmitido entre as gerações. Os leitores podem se transportar, por meio de vinhetas clínicas contidas no livro, para a clínica com famílias e experimentar o sofrimento psíquico familiar vivenciado na corporeidade do setting analítico. Para tecer laços e desatar nós, é preciso estar ciente de que os rastros sensoriais funcionam como sinalizadores que carregam potencialidades e limites, e que o trabalho no campo analítico, formado pelo encontro entre família e analista, acontece no aqui e agora das sessões em um “viver com”.
SUMÁRIO:
Prefácio – Andrea Seixas Magalhães. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1. O psiquismo familiar e a intersubjetividade. . . . . . . . . . . 19
A dimensão grupal na obra de Freud . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
A concepção de grupalidade psíquica nos autores pós freudianos.. . . . . 24
Uma virada conceitual: René Kaës e o sujeito singular plural. . . . . . . . . 41
O aparelho psíquico familiar e sua base na sensorialidade . . . . .. . . . . 49
2. Os vínculos primários familiares banhados pela cossensorialidade. . . . . . . . . . . 57
O corpo erógeno e sua relação com o outro . . . . . . . . . . . . . 57
Corporeidade e a marca na dimensão relacional . . . . . . . . 64
Um breve diálogo com a neurociência: corpo, memória e subjetividade. . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
O tecido familiar formado pela cossensorialidade . . . . . . . 75
O envelope familiar e a contenção dos elementos sensoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Wilfred Bion e a experiência sensorial. . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
A regulação da sensorialidade na família. . . . . . . . . . . . . . . 99
Íntimo, intimidade e habitat familiar. . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
3. Um olhar para o transgeracional e para o incestualidade nos vínculos familiares. . . . 109
A transmissão psíquica e as alianças inconscientes. . . . . . 109
Memória em negativo: resíduos radiativos, criptas e fantasmas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
O traumático entre as gerações e a violência das origens. . . 122
A cossensorialidade como uma linguagem frente ao traumático. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Mitologia familiar e temporalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
A qualidade incestual nos vínculos familiares. . . . . . . . . . 144
4. Repercussões da cossensorialidade na clínica com famílias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
A cossensorialidade na clínica com famílias. . . . . . . . . . . . 163
O campo analítico: sonhar e criar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
A presença viva do analista no campo analítico . . . . . . . . 179
Os fantasmas que habitam a casa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
Um por todos ou resta um . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Um segredo familiar incorporado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Tecendo laços e desatando nós: a dimensão onírica no campo analítico com famílias. . . . .. . . . . . . . . . 193
6. Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Referências Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
Posfácios
Et que les promesses continuent à éclore – Alberto Konicheckis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Une ouverture créatrice et rigoureuse – Philippe Robert. . . . . . 232
E que as promessas continuem a florescer – Alberto Konicheckis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Uma abertura criativa e rigorosa – Philippe Robert. . . . . . 243
Avaliações
Não há avaliações ainda.