Psicanálise e homossexualidades: Teoria, Clínica e Biopolítica- 2ª edição
Thamy Ayouch foi registrado como homem, prescrição à qual se identifica, porém não de forma binária. Nasceu no Marrocos e tem morado como estrangeiro íntimo em vários países, França, Inglaterra, Espanha, Brasil e Argentina. Se obcecou em atravessar fronteiras linguísticas sem ser parado nas aduanas, e cultivar várias cumplicidades afetivas e intelectuais. Tentou resolver a sua extimidade escrevendo artigos e livros supostamente muito sérios. É psicanalista (só do/as seus e suas analisandos/as) e desenvolve atualmente a sua pesquisa e ensino sobre epistemologia psicanalítica, teoria política, estudos queer, estudos pós-coloniais e decoloniais, e estudos críticos da raça e da branquitude na Université Paris-Cité. No Brasil publicou Psicanálise e homossexualidades: teoria, clínica, biopolítica (CRV, 2015) e Psicanálise e Hibridez: Gênero, Colonialidade, Subjetivações (Caligraphie, 2019).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9436-4774
LATTES: http://lattes.cnpq.br/3615748752546434
Sinopse: A homossexualidade não existe. Existem “as homossexualidades”. Passada a época em que nos esforçamos, como psicanalistas, para encontrar uma teoria unitária para a etiologa ou para a dinâmica da homossexualidade, hoje vemos as homossexualidades , pela sua maior visibilidade social e jurídica, iterrogaram a psicanálise. No livro de Thamy Ayouch, a psicanálise é mais uma vez provocada a responder a que veio. O livro se insere num contexto em que mudanças e transformações sociais não passam ao largo da psicanálise e dos psicanalistas, mas cobram críticas, posicionamentos e, por vezes, engajamentos em questões contundentes. O autor é psicanalista, com a erudição e o rigor de alguém formado em filosofia, com a paixão de quem estuda literatura e com o vigor político de quem não enxerga a psicanálise presa numa certa redoma de cristal, mas, pelo contrário, imbuída da tarefa de proporcionar um mundo melhor, principalmente para aqueles que sofrem algum tipo de violência e coerção social. Seu trabalho leva à interrogação da psicanálise atual sob inúmeros aspectos, a partir da mudança radical na forma da sociedade lidar com a homossexualdiade. Ele assume o papel de provocar a psicanálise a apontar os efeitos negativos de postulados teóricos, conceitos e passagens de textos que reiteram uma posição conservadora e preconceituosa. Será que um psicanalista consegue fazer esse papel?
SUMÁRIO:
Agradecimento……………………………………….. 5
Prefácio ………………………………………………. 6
Introdução ………………………………………….. 13
Tribunos/as de uma plebe rançosa …………………………………….. 21
Detrás do templo do saber …………………………………………………. 37
Certezas teóricas
A vida dos/as pacientes infames
O circo psiquiátrico ……………………………………………………………. 58
As homossexualidades de Freud ………………………………………….. 65
Um ativista, porém… infantil.
Histórias das mil e umas etiologias
Três Ensaios, dois sexos, e várias ficções
Bi…
Cada lésbica é um planeta…
A perversão atrás dos sentimentos sociais
Conclusões provisórias
Pensando com Foucault ……………………………………………………….89
Bem junto da psicanálise, tudo contra ela
Corpos, prazeres e vínculos
De/generando a psicanálise ………………………………………………… 103
Gênero performados, corpos melancólicos
A identidade: um crime de paixão
O sermão do Simbólico
A psicanálise tem gênero?
Considerações finais ……………………………………………………………. 116
Referências
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